quinta-feira, julho 31, 2025

Brasil redirecionou carne após anúncio de sobretaxa dos EUA

Brasil redirecionou carne após anúncio de sobretaxa dos EUA

Cerca de 30 mil toneladas de carne bovina do Brasil estavam nos portos para serem embarcadas aos Estados Unidos ou já em navios a caminho do país quando o presidente americano, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1 de agosto. Parte dessas cargas continuou rumo aos Estados Unidos, e houve também redirecionamento para destinos como México, apurou o Valor .

Cerca de 30 mil toneladas de carne bovina do Brasil estavam nos portos para serem embarcadas aos Estados Unidos ou já em navios a caminho do país quando o presidente americano, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1 de agosto. Parte dessas cargas continuou rumo aos Estados Unidos, e houve também redirecionamento para destinos como México, apurou o Valor .


Ontem, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirmou que o segmento deve sentir um impacto negativo de US$ 1 bilhão ao deixar de exportar aos EUA cerca de 200 mil toneladas que estavam previstas para este semestre. De janeiro a junho deste ano, o Brasil vendeu 181,5 mil toneladas aos americanos e faturou US$ 1,04 bilhão com os embarques.

“A gente vinha com 15 mil a 25 mil toneladas de carne por mês aos EUA e tinha a perspectiva de que fossem exportadas 400 mil toneladas neste ano para eles”, disse em evento online da revista “Exame.” Segundo Perosa, a sobretaxa de 50% elevaria as alíquotas para embarques de carne bovina a 76,4%, inviabilizando as vendas.

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Fontes da indústria disseram ao Valor que frigoríficos que tinham cargas entre o porto e alto-mar optaram por manter parte dos envios aos EUA. Algumas delas já chegaram aos portos americanos e escaparam a sobretaxa.

Três fontes disseram que JBS e Minerva estavam entre as companhias com cargas rumo aos EUA. No caso da Minerva, alguns dos lotes foram redirecionados ao México, mudança de rota que traria poucas alterações nos custos logísticos, segundo duas fontes. Procuradas, as duas empresas não comentaram o assunto.

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